Arquivo-vivo, Paulo Castelo vai amargar um bom tempo de cadeia. É certo que o crime pelo qual foi condenado data de quase uma década atrás, nos alegres anos de FHC. Ocorre que neste período pode aperfeiçoar bastante seus métodos deliquenciais. Tornou-se um PhD, um competente quadro da bandidagem de colarinho branco. Ele soube como ninguém soldar alianças e cevar relações estreitas com outros experts na concorrida seara de assaltantes do erário público. Isso talvez lhe proporcione alguma tranquilidade para enfrentar os tempos sombrios de infortúnio. Talvez.
Na solidão do cárcere, quem sabe, ele não será forçado a fazer um profundo exame de consciência, para chegar a conclusão de que está na hora de por um ponto final em sua carreira de malfeitorias. Quem sabe, então, se não aproveita as circunstâncias para contar tudo que sabe em troca de uma eventual redução de pena. Deleção premiada existe para isso mesmo.
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