A política externa é o melhor termômetro para se aferir até que ponto o discurso pode coincidir com a prática nos Estados Unidos. Ou melhor: como a prática pode, reiterada e cotidianamente, desmoralizar os discursos. É isso que demonstra, nessas primeiras semanas, o governo Obama, cujas semelhanças com seu antecessor vão se consolidando na mesma proporção em que desvanecem, pouco a pouco, as enormes esperanças mudancistas que o levaram à Casa Branca.
A decisão anunciada nesta semana de abandonar a Conferência da ONU contra o racismo, em solidariedade ao Estado de Israel, revela que nada ou quase nada mudou quando estão em jogo os interesses estratégicos dos que se julgam donos do mundo.
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