Devastação ambiental, degradação do trabalho e violação de direitos humanos. Este é o coquetel explosivo da violenta fronteira de expansão econômica que estabelece um imenso arco de penetração na Amazônia, de Rondônia até o Maranhão.
A Folha de São Paulo teve acesso a um cruzamento inédito que relaciona dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do Ministério do Trabalho e da CPT (Comissão Pastoral da Terra). Resultado: entre os 50 municípios que mais desmataram no ano passado, 39 destacam-se também pela ocorrência de conflitos fundiários e pelos freqüentes flagrantes de trabalho escravo.
São Félix do Xingu, no Pará, sudeste paraense, encabeça a lista, com a devastação, nos últimos três anos, de 2.812 km2, com quatro assassinatos e 291 trabalhadores resgatados pelas equipes móveis do Ministério do Trabalho.
São números incontestáveis capazes de esfarelar as delicadas asas de anjo que compõem a indumentária atual dos representantes da indústria da extração da madeira e de seus loquazes defensores.
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segunda-feira, 28 de abril de 2008
Caminhos cruzados
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