Não terá sido por fervor cívico que o escritor, filósofo e consultor de empresas Denis Lerrer Rosenfield desembarcou ontem em Belém para despejar uma torrente de preconceitos contra o MST e os movimentos sociais em geral. Abobrinhas a peso de ouro, apresentadas sob o invólucro falsamente acadêmico, para uma elite tão colonizada que não estaria satisfeita com um "consultor" que ostentasse um sobrenome comum, Silva ou Pereira, por exemplo.
A "palestra" recheada de afirmações surreais - "O MST é hoje um organismo rico" - e de um indisfarçável mau-caratismo intelectual - "Quanto mais terra tiverem, mais poder acumularão"-, teve ainda um tempero típico da finada Guerra Fria, com os costumeiros alertas contra o perigo vermelho e seu "totalitarismo socialista". Resta saber quanto efetivamente custou - aos cofres públicos que sustentam os sindicatos e federações patronais - essa nostálgica sessão das alegres viúvas do regime militar.
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