O deputado Luz Afonso Seffer (DEM, ex-PFL) está onde sempre esteve: ao lado do que há de mais abjeto e corrupto na político. Não é estranho que saia de sua boca a mais explícita defesa da escravidão moderna no Pará, sob o surrado e ridículo argumento de que "só porque não tem carteira assinada ou uma latrina melhor, não quer dizer que o trabalhador esteja em condições de escravo". Chega a ser um escândalo - aos olhos desse ativo integrante da base de apoio da governadora Ana Julia (PT) - que, em pleno século XXI, ainda exista quem indigne diante desses fatos.
O deputado, que sempre encontra uma maneira esperta de se manter sob o calor dos governantes de plantão, tem mesmo poucos motivos para se indignar. Tem, ao contrário, muitos motivos para comemorar. Foi ele quem operou, com enorme habilidade, sua mudança da barca tucana que naufragava às vésperas do segundo turno de 2006, indo se aboletar na superpovoada esquadra da candidata petista. Na bagagem, como um legítimo corsário, ele carregou, entre outros mimos, a garantia de ver preservado o tão milionário quanto suspeito contrato de terceirização do Hospital Regional de Redenção.
Seffer está onde sempre esteve, há muito tempo, quem sabe desde os tempos de Cabral. Incômoda deve ser a posição dos que julgam ser possível aliar-se a ele impunemente.
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