Quem diria: o banqueiro Henrique Meirelles, apresentado como o supra-sumo da competência financeira, ao gerir com total autonomia o Banco Central brasileiro, tem produzido seguidos e bilionários rombos. Somente no ano passado, por exemplo, o prejuízo registrado nas operações do BC alcançaram a inacreditável cifra de R$ 46,3 bilhões. Mas não há razão para pânico (pelo menos, por parte de Meirelles e sua equipe de representantes do onipotente mercado). Todo o prejuízo, fruto do descasamento entre os juros pagos no Brasil e aqueles que remuneram as aplicações que o BC faz no mercado internacional, é integralmente coberto pelo Tesouro, sem quaisquer limites. Um verdadeiro absurdo. Segundo o ex-deputado federal Sérgio Miranda, o Brasil talvez seja o único país do mundo que tem uma lei estabelecendo uma conta em aberto que absorve os resultados negativos de seu Banco Central, mesmo que essas despesas não possuam autorização orçamentária.
Assim fica fácil posar de baluarte do neoliberalismo, contando com o escancaramento permanente dos cofres públicos.
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