Morreu no nascedouro a articulação que iria colocar hoje, frente a frente, a governadora Ana Julia e uma comissão de bispos da CNBB. A iniciativa foi da própria Casa Civil e, a princípio, recebeu o sinal positivo da Igreja. Seria o espaço para serenar os ânimos após as fortes denúncias de desrespeito aos direitos humanos formuladas pelo bispo do Marajó, Dom José Maria Azcona.
A razão do fracasso foi o veto da governadora à presença de Dom José, a quem acusa de não ter feito críticas à situação do Estado nos governos anteriores.
A resposta da CNBB foi imediata: sem a presença do bispo do Marajó nenhum outro bispo se dispunha a atravessar a soleira do Palácio dos Despachos.
Definitivamente, nunca esteve mais azedo o clima entre o governo do PT e a alta hierarquia católica no Pará.
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quarta-feira, 16 de abril de 2008
Portas trancadas
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4 comentários:
Então a governadora deveria ler mais os jornais que a apóiam. As denúncias sobre a situação de pobreza e miséria no Marajó, não são coisas só do Bispo não, mas ele já vem fazendo isso há um bom tempo. Além da situação do Marajó, poderíamos citar os conflitos no Baixo-Amazonas, Terra do Meio, Nordeste Paroara. Denúncias feitas por padres, Movimentos Sociais, Bruxas e outros. O que se cobra é uma ação efetiva que mude, ou pelo menos sinalize mudanças profundas nessa situação, meio mandato já é tempo mais do que suficiente pra isso acontecer.
Cláudio
só trapalhada, governo ruim este,
Alguém avise para o senhor Puty e a senhora Ana Júlia, que D. Azcona já fez estas mesmas denúncias em 2004 na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e no Ministério da Justiça. Fez outras inúmeras vezes e explodiu agora, cansado de esperar por ações. aliás, ações que um governo popular deveria tomar.
Que existam muitos outros d. Azcona no Marajó.
sucesso ao blog do Aldenor Júnior
Dom Azcona também foi chamado de exagerado pelo então candidato a governador Almir Gabriel em 2006, durante à campanha eleitoral. O bispo não se cansa de denunciar, infelizmente, os comandantes do Estado estão incomodados com ele e não com a exploração sexual de crianças no Marajó.
O bispo foi quem denunciou o envolvimento de vereadores de Chaves e Breves, além de empresários e comerciantes marajoaras num esquema de corrupção e de exploração sexual.
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