Necessário, mas insuficiente

O Ministério Público Federal deu 10 dias para que o prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), mande realizar reparos emergenciais no caótico Hospital de Pronto Socorro da 14 de Março, o maior da capital. O relatório que foi fruto de uma inspeção realizada recentemente por peritos do MPF e do Ministério da Saúde, traça uma radiografia eloqüente do caos em que a área de saúde do município se transformou. Exige providências imediatas, mas apenas tangencia o problema fundamental.
O quadro de completo desmantelamento encontrado pelos promotores federais não é resultado de simples desídia ou de rematada incompetência. É isso, também. Mas, acima de tudo, é o produto de necessário de um plano sistemático de apropriação e desvio de recursos do setor para outros fins. E não adianta procurar qualquer vestígio de interesse público no destino dado à fortuna que tanto faz falta à combalida saúde pública em Belém.