A trinca formada pelas gigantes Andrade Gutierrez, Camargo Correa e Norberto Odebrecht é pule de dez para ganhar a "concorrência" para a futura - e ainda incerta - construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu paraense, consumindo uma verba que inicialmente prevista para R$ 7 bilhões poderá tranqüilamente romper e ultrapassar em muito essa estimativa, como já é costume nas grandes obras de construção no setor elétrico.
É que coube a elas, por decisão unilateral da Eletrobrás, sem licitação, elaborar o EIA-Rima, em processo que continua sob bombardeio cerrado do Ministério Público Federal (MPF). De posse de informações estratégicas, não será difícil para esse futuro consórcio superar os eventuais outros concorrentes quando for aberto o leilão para a escolha dos construtores da obra. Cartas marcadas e devidamente enlameadas pela relação promíscua entre os interesses privados (de sempre) e os dóceis administradores da maltratada coisa pública.
2 comentários:
É admirável a cara de pau da eletrobrás, que acusa o MPF de querer impedir a todo custo a construção de Belo Monte, "indispensável" para o futuro do Brasil. Admirável a insesatez de dona Dilma e seu Lula que aplaudem essa semvergonhice e ainda atiram contra aqueles que combatem o absurdo que se chama Belo Monte!
Faltou dizer que a denúncia é manchete do jornal O Paraense, aquele editado pelo Ronaldo Brasiliense, né?
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