O governo Lula acaba de anunciar, sob intenso foguetório, que atingiu no primeiro semestre um superávit primário de R$ 86, 12 bilhões, correspondente a 6,19% do PIB (Produto Interno Bruto). Um recorde, afirmam os técnicos do Banco Central.
Mas, logo vem a revelação da outra face da moeda: no mesmo período, o gasto da União, Estados e municípios para o pagamento da dívida pública interna também bateu todos os recordes, suplantando em quase dois bilhões o esforço fiscal realizado. Foram cair nos alforjes dos banqueiros, rentistas e especuladores nada menos do que R$ 88,03 bilhões, o maior valor desde 1991.
E, como era de se esperar, eles ainda estão famintos e torcem para que a política de elevação dos juros, retomada com vigor por seu maior representante, o banqueiro Henrique Meireles, prossiga nos próximos meses.
Só muita cara de pau para, em paralelo, o presidente Lula continuar insistindo no surrado argumento de que o financiamento da saúde entrará em colapso se o Congresso não se ajoelhar, penitente, recriando até dezembro a antiga CPMF, agora sob novo nome - CSS - mas sem perder o travo amargo do embuste político.
Um comentário:
Vai pro Fundo Soberano.
Que por sua vez, vai para financiar empresas privadas no exterior a juros baixos.
Que por sua vez pretende voltar para o Brasil um pouquinho maior do que saiu daqui.
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