Então, está combinado: notícia nos jornais do Pará sobre a Vale do Rio Doce, a segunda mineradora do mundo, só se for positiva. Caso contrário, funciona uma espécie de habeas corpus midiático. Multada pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em R$ 5 milhões por venda ilegal de quase 9.000 m3 de madeira em Paragominas (326 km de Belém), as matérias de ontem se limitavam a citar uma "empresa mineradora", sem ter coragem de declinar-lhe o nome.
Como no célebre poema de Vinícius de Moraes, é uma rosa "sem cor e sem perfume", mas incrivelmente blindada por uma imprensa que está permanentemente à venda.
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