Enquanto o Brasil se verga ao lobby dos monopólios internacionais produtores de transgênicos, a Europa vai fechando o cerco contra a importação de soja proveniente de organismos geneticamente modificados. E a arma utilizada é aquela única que abala o coração dos empresários do ramo: o bolso. É por isso que os maiores compradores de soja do país, liderados pelo grupo Caramuru, Maggi e Imcopa, resolveram criar uma organização que represente apenas empresas que cultivem soja tradicional.
O argumento é simples: o mercado europeu oferece um prêmio de 10% ao comprar a soja não originária da transgenia, tornando o produto muito mais competitivo.
Apesar de tudo isso, sob as bênçãos do governo Lula, a produção de lavouras transgênicas não pára de crescer no Brasil, que expandiu o cultivo em 3,5 milhões de hectares entre 2006 e 2007, superando até mesmo o incremento havido nos Estados Unidos, de 3,1 milhões de hectares. Para a safra 2008/2009, a estimativa é o que país se torne o segundo neste tipo de agricultura, superando a Argentina.
Não é por outro motivo que a CNTBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) atropela sem a menor cerimônia o princípio da precaução para abrir caminho às polêmicas sementes alteradas em laboratório, como é o caso das últimas duas variedades de milho transgênico liberadas recentemente: a Guardian, da norte-americana Monsanto, e o Libertylink, da alemã Bayer.
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