Uma gigantesca corporação mundial que carrega em seu portfolio um bem nutrido estoque de incontáveis crimes contra a saúde pública e de sérios agravos ao meio ambiente não tem porque ser sincera em sua publicidade. Falar a verdade equivale a uma sentença de morte e senso de sobrevivência é marca característica dos tubarões que disputam, centímetro a centímetro, os espaços de um mercado globalizado.
Ao contrário, precisa lavar sua imagem, apropriando-se para tanto do verniz da chamada responsabilidade ambiental. É o caso da Monsanto, multinacional norte-americana especializada na área de herbicidas e uma das líderes mundiais na produção e disseminação dos organismos geneticamente modificados, que promove, no Brasil, o Prêmio Agroambiental Monsanto, de "incentivo à criatividade e ao conhecimento para o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável". Palavras empoladas, vazias de conteúdo, mas dotadas de um forte potencial de disseminar o véu da ilusão.
Resta saber se alguém ainda se ilude com o canto dessas sereias encharcadas de napalm.
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