quinta-feira, 3 de julho de 2008

A maldade por trás do besteirol

A Amazônia não pode ser "uma coleção de árvores" para estrangeiros, muito menos uma "reserva ambiental absoluta", o que só seria possível com a morte de seus 21 milhões de habitantes. Quem imaginou que essas idéias estapafúrdias teriam saído da cabeça de algum líder da bancada ruralista, acometido de repentino ataque de hidrofobia, está completamente equivocado. Essas pérolas foram expelidas pelo ministro Nelson Jobim (Justiça) ao defender a militarização das fronteiras, como resposta a suposta ameaça representada pela demarcação em terras contínuas da Reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima.
É evidente que os fantasmas que o ministro ataca - quem, afinal, defende algo parecido com uma "reserva ambiental absoluta"? - servem apenas para criar o contexto para a reiterada investida contra os direitos dos povos indígenas e influenciar a decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) promete para o próximo agosto. Sim, serve de senha para que a frente de devastação continue avançando, atropelando tudo e todos que se coloquem em seu caminho, como se sua ação predatória fosse condição para a manutenção da soberania nacional.

Atualização das 12:15:

Um ato falho do redator deste Blog trocou a pasta de Nelson Jobim. Ele é, na verdade, ministro da Defesa e não da Justiça, posto que ocupou durante o primeiro mandato de FHC.


Um comentário:

Anônimo disse...

O ministro, melhor dizendo o sinistro da Defesa ( e não da Justiça) Nelson Jobim é aquele que adora se travestir de milico, usando roupa camuflada, aquele que foi colocado na Suprema Corte para defender interesses de grupos, que sonha em ser o próximo presidente da República (pé de pato mangalô tres vezes), adora um holofote e, como o Lula, não mede as palavras que usa. Valha-nos quem?