Sob o surrado (e inverídico) discurso de que a Previdência acumula gigantescos déficits, trama-se a terceira reforma para cassar direitos de quem já possui tão pouco ou quase nada. Enquanto segue a gestação lenta e persistente dos projetos destinados a aumentar a idade limite para a aposentadoria e artimanhas para tornar ainda mais ferozes as regras do chamado fator previdenciário - que recebeu um golpe de misericórdia no Senado recentemente, mas ainda aguarda nova votação na Câmara -, soa como um escárnio que o governo federal assista passivamente o rombo no INSS de mais de R$ 2 bilhões patrocinado por duas mil entidades que se dizem filantrópicas e gozam de vultosos benefícios fiscais.
O pior é que a bandalheira recebe a chancela do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), conhecido por sua prodigalidade em matéria de proteger alguns espertalhões e seus impérios surgidos, como por milagre, a partir de organizações supostamente sem fins lucrativos.
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