Não passa de coincidência o fato do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, ter sido, no governo FHC, subchefe para assuntos Jurídicos da Casa Civil (1996-2000) e advogado-geral da União (2000-2002), período em que Daniel Dantas construiu seu fabuloso império amealhando, a preço de banana, as maiores fatias do antigo sistema Telebrás, com a pressa com que proferiu decisão liminar mandando relaxar a prisão provisória do banqueiro e de outros executivos do banco Opportunity, todos flagrados em transações escabrosas pela Polícia Federal.
Diante da nova prisão de Dantas, decretada pela Justiça Federal paulista poucas horas depois e agora em caráter preventivo, aguarda-se para qualquer momento um novo despacho do célere ministro, cujo forte apego à defesa das liberdades individuais não havia se manifestado explicitamente, mesmo depois de seis anos de permanência da mais alta corte do País. Também não é mesmo todo dia que as celas da PF ficam repletas de tantas figuras de colarinhos impecavelmente alvos e engomados.
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