Nem é apenas o retorno, após 58 anos, da ameaçadora Quarta Frota dos Estados Unidos às águas da América do Sul que deve servir de alerta de uma ameaça colonial latente. A pouca distância da fronteira brasileira com o Paraguai, na região do Chaco, está encravado o misterioso - e aparentemente abandonado - aeroporto Mariscal Estigarribia, construído pela ditadura de Alfredo Stroessner, nos anos 80, com uma pista de 3,5 mil metros de extensão e 40 de largura, em condições para receber aviões de guerra como os gigantescos B-52 ou os C-5 Galaxy, armas de ponta do arsenal estadunidense.
Para os que ainda tomam esse fato como uma espécie de lenda ou fruto da paranóia antiimperialista, recomenda-se não esquecer que em 2005 o parlamento paraguaio autorizou o ingresso e movimentação em seu território de tropas norte-americanas, assim como, em um ato humilhante, outorgou-lhes completa imunidade penal, algo semelhante ao regime que as forças de ocupação gozam no Iraque e Afeganistão.
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