Buenos Aires, 30 de setembro de 1974, às 0h40, uma bomba acionada por controle remoto faz voar pelos ares o automóvel em que estavam o ex-Comandante em Chefe do Exército Chileno, general Carlos Prats González, e sua esposa, Sofia Cuthbert Chiarleoni, matando-os instantaneamente. Quase 34 anos depois do que ficou conhecido como o Crime da Rua Palermo, a Justiça chilena dá uma importante lição às demais nações latino-americanas que ainda hesitam em ajustar contas com o passado de terror dos regimes militares das décadas de 60 e 70. Foi condenado ontem (30) à prisão perpétua o general Manuel Contreras, que chefiou durante a ditadura de Augusto Pinochet a terrível polícia política do regime, acusado de ser o autor intelectual do crime.
Contreras está preso e já havia sido condenado a 70 anos de prisão por outros crimes cometidos durante o período em que comandou, com descomunal selvageria, a Direção Nacional de Inteligência (Dina), órgão responsável pela execução de, pelo menos, 3.000 dissidentes políticos a partir da deposição, em 11 de setembro de 1973, do presidente constitucional Salvador Allende.
Um comentário:
Enquanto isso, no Pará, o jornal que mais apoiou a ditadura militar, O Liberal, tem entre seus articulista o coronel Jarbas Passarinho, que prefaciou o livro do conhecido torturador coronel Brilhante Ulstra. Além de defender a tortura, Passarinho defende com unhas e dentes o Exército Brasileiro sua ação no Morro da Previdência, no Rio, onde 3 jovens foram entregues à sanha de traficantes por um honradíssimo oficial da força, coisa que, para Passarinho, não passa de um pequeno incidente. Afinal, ele sempre achou a tortura algo defensável quando se tratava de "defesa da segurança nacional", expressão que para ele significava a defesa dos interesses das elites criminosas que sempre dominaram o País.
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