quinta-feira, 31 de julho de 2008

Por baixo dos panos

Emergiu, nos últimos dias, por trás das manobras diversionistas de praxe, a questão do prometido aumento da tarifa de ônibus urbano em Belém, prometido muito convenientemente para sair somente depois que o último voto, no eventual segundo turno, for computado.
O enredo não chega a ser original. Os empresários derramam lágrimas de sangue, alegando não ter mais como sustentar o sistema - cada vez mais caótico e canibalizado -, enquanto a Prefeitura faz de conta que o assunto não lhe diz respeito. Enquanto isso, longe dos holofotes e do olhar curioso da opinião pública, vai se desenhando os termos, envolvendo custos, condições e partilhas, de um tarifaço de enorme impacto sobre o combalido orçamento da grande maioria da população.
Logo logo, algumas línguas venenosas, por pura maldade, começarão a insinuar que tudo pode terminar em festa. Para uns poucos, é claro.

Um comentário:

Anônimo disse...

A prefeitura pode "agradar" esses empresários concedendo reduções ou isenções fiscais em suas empresas.. ou sobre outras propriedades não tão ligadas às empresas, mas que compensem nos bolsos dos empresários.

E assim acabar com o choro dos que estão de barriga cheia.