sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Armado e (muito) perigoso

Mangabeira Unger, ministro sabe-se lá de quê, não está para brincadeiras. Com a fala enrolada, sotaque de um executivo de Wall Street, ele vem colecionado desafetos dentro e fora do governo. Sua última trombada foi com o antropólogo paraense Márcio Meira, presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ao anunciar o lançamento de um Estratégia Nacional de Defesa, previsto para o próximo dia 11, Mangabeira vai investir pesadamente na militarização das fronteiras na Amazônia, com a construção de mais quartéis e pelotões do Exército, a serem erguidos principalmente em áreas indígenas. Esqueceu, apenas, de ouvir a Funai, e mais importante ainda, desconheceu a obrigação de debater o assunto com os povos indígenas, como obriga a Convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário.
Representante de obscuros e inconfessos interesses, Mangabeira veio para ficar. Ele é a face verdadeira do governo Lula, sem maquiagem e despido de veleidades que remetem ao já distante passado de esquerda da legenda que levou o atual presidente ao poder.

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