E 2008 chegou ao fim. E com ele lá se foram alguns dos anéis mais preciosos do capitalismo do lucro fácil e da megaespeculação. Faliram os cinco mais reluzentes bancos de investimento de Wall Street: Bear Stearns, Lehman Brothers, Merryll Linch, Morgan Stanley e Goldman Sachs. Ruíram como um castelo de cartas, deixando um rastro de bilhões de dólares em prejuízos. Mas, calma. Seus executivos não precisaram amargar as agruras da repentina miséria. Durante anos a fio acumularam lucros fabulosos e foram bem espertos na hora de estabelecer, para si mesmos, prêmios e outros dividendos de sua rapinagem.
Veja-se um único exemplo: Richard Fuld, chairman do falido Lehman Brothers, velho ícone da banca estadunidense, desde 1850 em atividade, ganhou, somente em 2007, cerca de 450 milhões de dólares.
E, como o show precisa continuar, na hora H, veio a mão salvadora do Estado, abrindo as portas da esperança com sua ajuda de alguns trilhões. Só para começar, porque as entranhas do sistema ainda podem guardar muitas turbulências para o ano que principia. Quem sobreviver, verá.
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