"(...)
Outros grupos de tubinambás, no Pará, aderiram à guerra e tentaram expulsar os moradores do novo estabelecimento de Francisco Caldeira Castelo Branco. Esse comandante enviou um de seus oficiais, Diogo Botelho, para esmagar aquela "rebelião" de gente que tentava defender sua terra natal da invasão. Botelho marchou contra uma das maiores aldeias, chamada Cuju, e decorridas algumas horas do ataque que ele desfechou "se não viam nela mais que ruínas, e cadávares" (Bernardo Pereira de Berredo em Annaes Históricos do Estado do Maranhão).
(...)
Os tupinambás se reagruparam e em 7 de janeiro de 1619 tentaram um ousado ataque frontal à nova fortaleza de Belém. Atacaram com desesperada coragem e conseguiram matar ou ferir alguns defensores. Mas a barragem de fogo do forte era demasiado poderosa. Um tiro de arcabuz matou o cacique tupinambá cujo nome era Cabelo de Velha. Os índios suspenderam o assalto e se internaram nas matas.
Agora os portugueses estavam prontos para empreender uma guerra de aniquilação dos tubinambás".
John Hemming (1935). Ouro Vermelho: A Conquista dos Índios Brasileiros. Editora da Universidade de São Paulo, 2007, p. 318-319).
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