Para muitos, os depósitos de presos tão comuns no Brasil, com sua rotina de tortura, sangue e morte, já se integraram à barbárie cotidiana, como expressão de nossa incurável herança colonial. Por isso, deve chocar saber que nos Estados Unidos, maior potência capitalista do mundo atual, o sistema penal, público ou privatizado, é um espaço de brutais violações aos direitos humanos.
Lá, em 8.700 presídios, mais de 2,5 milhões de detentos comem o pão que o diabo amassou, numa rotina de sevícias, humilhações e escravidão contemporânea. A cruel exploração da mão-de-obra dos internos, em padrões extremos que fazem inveja aos padrões oferecidos pelos "gatos" nos rincões da Amazônia, é apenas uma das muitas facetas de um fenômeno de privatização, que pouco a pouco e na surdina, vai sendo exportado para a periferia, inclusive para o Brasil, sob o conveniente disfarce da Parceria-Público-Privada (PPP).
Para saber mais, leia a instigante reportagem de Memélia Moreira, de Orlando, Estados Unidos, para o Brasil de Fato desta semana.
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