A conta é do Greenpeace: um terço de todas as emissões de CO2 provém da queima de carvão mineral. Em 2007, o custo total da utilização dessa energia suja alcançou, segundo cálculos dos ambientalistas, a astronômica soma de 360 bilhões de euros, computando-se todos os impactos socioambientais, inclusive à saúde pública.
Na contramão das preocupações internacionais com o aquecimento global, segue a toda o cronograma de implantação da Usina Termelétrica da Vale, em Barcarena, movida a carvão mineral. A polêmica licença prévia foi concedida, contra o bem fundamentado voto do Ministério Público Estadual, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), no mês passado.
A aliança da Vale com o governo Ana Júlia (PT) garantiu os votos necessários à aprovação, sob o falacioso argumento de que é isso ou o fantasma do apagão energético nos encontrará, desprevenidos e impotentes, na virada da década.
Resta torcer para que a crise financeira que já se prenuncia acabe adiando, por vias transversas, mais este desastre anunciado.
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