O enredo lembra um bom thriller de suspense e mistério. Anos 70 do século passado, executivos de gigantescas corporações em torno de uma mesa traçam um plano para dominar o mundo. Repartem entre si o promissor mercado da agricultura industrial e química, definindo as regras que iriam possibilitar o pleno controle sobre as sementes e demais insumos para a agricultura em escala planetária.
Claro, trata-se de uma alegoria. Talvez nunca tenha existido esse encontro em termos formais. O fato, porém, é que está comprovada a estreita articulação entre empresas como Monsanto, Dupont, Syngenta, Basf, Bayer, Dow, Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e ADM para controlar o estratégico setor da produção de agrotóxicos e de sementes geneticamente modificadas. E mais ainda, não há como desconhecer que este "consórcio" atua de forma descarada para impor seus interesses sobre as políticas nacionais dos países dependentes. E, infelizmente, têm alcançado muito sucesso, como bem demonstram o avanço desse segmento no Brasil nos anos recentes.
Esta história - de lucros fabulosos com sua contrapartida em termos de aumento da probreza, fome e dependência - é contada, em seus escabrosos detalhes, por Sílvia Ribeiro, pesquisadora de renome mundial, em entrevista publicada na revista eletrônica Humanitas Unisinos.
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