quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Justiça de cocar?

Uma vitória, mesmo que parcial, mas de profundo alcance. Os oito votos favoráveis à causa indígena na sessão histórica do STF ontem, não obstante as muitas ressalvas e uma ou outra armadilha constante no voto do ministro Menezes Direito, merecem ser comemorados. O clima que há meses vem sendo fomentando pelo poder econômico e a grande parte da mídia que o representa indicava o risco de um enorme retrocesso. Por isso, o julgamento, ainda incompleto, da demarcação da Raposa Serra do Sol, em Roraima, vai ficar como um marco na resistência indígena e popular contra o modelo devastador.
Mas que ninguém se iluda: a batalha está ainda longe do fim.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem dúvida é uma vitória a ser comemorada. As condicionantes apresentadas pelo ministro para o usufruto das terras indígenas é um sinal de que nova batalha vai ser travada muito em breve. Isto sem contar que a interpretação dada a ele ao artigo da constituição que trata dos povos indígenas é temerária, pois dá mais força aosgananciosos e inescrupulosos que expulsaram por meio de violência aos povos indígenas, das terras que sempre ocuparam.

Cláudio

Anônimo disse...

Comemorar, pero no mucho, porque as ressalvas do ministro Direito, a postura da ministra Carmem Lúcia insistindo na não retirada dos ocupantes ilegais e a mais que possível rasteira do ministro Gilmar Mendes, além do cruel pedido de vistas do ministro Marco Aurélio mostram que, apesar da postura íntegra de alguns, o STF permanece um tribunal em defesa dos interesses dos poderosos.