Que o transporte coletivo de Belém está um caos, ninguém duvida.
Que o governo municipal é o principal responsável pela desestruturação do sistema, chega a ser uma obviedade.
Que o povo mais pobre, sobretudo a enorme massa de desempregados e trabalhadores informais, pagará a conta de mais um tarifaço – dos atuais R$ 1,50 para R$ 1,80 -, é outra conclusão lógica.
E pouco importa se a nova e salgada tarifa será mesmo homologada antes ou depois do Natal. De qualquer forma, será sempre um presente à incompetência e à esperteza. Um presentaço, aliás.
5 comentários:
Meu caro Aldenor,
Primeiro considero o seu blogo um dos mais sensatos, bem escrito, equilibrado e que procura sempre se posicionar com profundade na abordagem dos mais diversos assuntos.
Agora, numa boa, só pra saber:
o professor Edmilson Rodrigues, quando ainda estava no PT, foi Prefeito de Belém por oito anos. E aí eu pergunto: o que efetivamente ele fez para melhorar o sistema de transporte coletivo de Belém?
Qual a política de aumento das passagens naquele período, e,se posível, qual a proporção do preço das passagens com o salário mínimo e a comparação com os valores praticados em outras cidades?
Os ônibus eram melhores, piores ou iguais aos de hoje?
Qual a avaliação e sentimento da população, tanto antes como agora, sobre esse serviço?
Já antecipo a minha opinião: a porcaria e a esculhambação que vemos hoje é igual a que víamos ontem.
Acho mesmo que tem uma caveira de burro enterrada nesse setor. Isso prá não ser ofensivo com as duas administrações que, sem querer querendo, sempre passavam, e ainda passam, a mão carinhosa na cabeça dos "pobres" empresários.
E o povo que se exploda.
Um forte abraço,
Roberto Souza
Aldenor,
A conta não bate somente à porta dos desvalidos: um percentual importante dos usuários de transporte público é financiado por seus patrões, a maioria deles pequenos empresários ou donos de casa que não descontam do salário de seus empregados o vale-transporte que a eles pagam. Afinal, o custo do transporte coletivo aumentará para estes também, e ninguém se lembra de defendê-los.
Parabéns pelo blog.
Caro Roberto,
Seu comentário foi publicado, muito embora não creia que haja qualquer paralelo de comparação entre o atual governo e o do ex-prefeito Edmilson. São incomparáveis. A gestão Edmilson representou um projeto de mudanças de cunho popular. Nada mais distante da triste realidade que a capital paraense tem vivenciado desde janeiro de 2005.
É evidente que apesar dos muitos avanços daquele período muita coisa ainda ficou por ser feita, inclusive na área de transporte.
O que está em jogo, neste caso, é o tarifaço que está prestes a desabar sobre a população de Belém. E a responsabilidade, como é óbvio, cabe inteiramente a atual administração.
Seja sempre bem-vindo.
Anônimo das 12:08,
Obrigado pela visita e pelo comentário.
Aldenor
Sua resposta ao Roberto não convenceu. O sistema de transporte de hoje como o de ontem é o mesmo.
Ou seja, o povo pobre não foi olhado neste particular como merecia.
Sabemos do compadrio que reina entre os empresários deste setor que impede qualquer gestor dos mais sérios aos mais pilantras em organizar o transpote coletivo em Belém.
E o que pior, tanto Edmilson quanto Duciomar não conseguiram construir os terminais de integração e como gestores da capital não lideraram uma solução metropolitana, o que agrava mais ainda o problema, uma vez que não é só o povo de Belém que sofre com esta situação, mas toda a região metropolitana, cujo prefeitos dependem ainda da solução de um único gestor o de Belém, ao invés de compartilharam a solução.
Os gestores de Belém fecham-se em copas para a região metropolitana.
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