Brasília começou a receber, a partir de hoje, dezenas de representantes dos povos indígenas e dos movimentos sociais de Roraima, que iniciam uma jornada de protesto a favor da demarcação contínua da Reserva Raposa Serra do Sol (RSS). A questão será resolvida, em definitivo, numa histórica sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), marcada para a manhã da quarta-feira, 10. Por ironia, justamente no 60o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A Folha de São Paulo de hoje antecipa o que seria a tendência da maioria dos ministros: a busca de um "meio-termo" entre as posições extremadas. Ou seja: nem a confirmação da homologação em terras contínuas, como exigem os indígenas, nem a demarcação em ilhas, como defendem os últimos que insistem em continuar grilando as áreas da União. Se a reportagem estiver correta, um duro e profundo golpe está sendo preparado, não só contra os 18 mil índios de Roraima, mas contra todas as nações indígenas brasileiras, que sofrerão as consequências da abertura de um perigoso precedente.
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Um comentário:
E o STF pode fazer isso? Pode desrespeitar a Constituição e conciliar os legítimos interesses e direitos indígenas, com os interesses daquela quadrilha que rouba terras e comete toda a sorte de violências contra os indígenas?
Cláudio
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