terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Com uma bala na cabeça

Em que cidade do Brasil os familiares de um adolescente de 14 anos, gravemente ferido com uma bala alojada na cabeça, precisam interditar a movimentada rua em frente ao Pronto Socorro Municipal, durante longos 40 minutos, para forçar a operação que salvaria a vida do paciente?
Quem respondeu Belém, acertou. A notícia, que entristece e revolta, está em jornais de hoje e expõe pela enésima vez o caos instalado no sistema de saúde da capital.
É bom que se dia que a criança estava aguardando cirurgia desde a sexta-feira, 11, vítima de bala perdida na guerra urbana que parece não ter fim.
A cena dos familiares deitados no asfalto, gritando em desespero, possui eloqüência suficiente para transformar em pó, demolindo frame a frame, as edulcoradas imagens de um fantasioso "novo tempo".

2 comentários:

Anônimo disse...

Em mais este episódio da desordem que está a saúde em Belém, destaca-se o fato, da competente e respeitada neurocirurgiã, Dra Mora May Meira, ter tomado a iniciativa, de ainda no sábado, ter registrado em ocorrência policial, a ausência de estrutura e condições de trabalho do HPSM-14 de março. Mesmo assim, a secretária de saúde, dois dias depois, não tem vergonha de afirmar que o hospital possue as condições necessárias para a cirurgia.
A classe médica deve com urgência, provocar o CRM e MPE, para constatar as condições reais dos hospitais, do contrário, o Dr. Dudu, como é conhecido nosso alcaite, vai tratar de desqualifiacar a categoria, imputando aos médicos as responsabilidade, pelo caos em que se tarnsformou a saúde em Belém.

Anônimo disse...

Mais para o CRM a saúde vai muito bem. Chegaram a homenagear o prefeito pele sua atuação nesta área.
Ou seja, o CRM sabe muito bem defender sua categoria, inclusive os falsos.