segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Contágio global

Dia de cão nas Bolsas de Valores em todo o mundo. A Bovespa, nesse momento, cai mais de 6%, na trilha de fortes quedas nas Bolsas asiáticas e européias. No continente europeu foi registrada a maior queda desde os atentados de 11 de setembro de 2001. O contágio global assombra os especuladores e o capital ultra-volátil não pensa duas vezes em abandonar o barco, no mais tênue sinal de tempestade se formando no horizonte. Os mercados "emergentes" sofrerão o impacto, cedo ou tarde, da anunciada recessão da economia norte-americana. Até a China, nova locomotiva dos negócios globalizados, não parece estar em condições de funcionar como um contrapeso tão eficiente como se imaginava. E o Brasil em meio a esta turbulência? O que os operadores do Banco Central, tão sintonizados com os maus-humores do mercado, estão pensando em fazer para "blindar", como se fosse possível tanto, uma economia que se tornou refém - voluntária, diga-se - dos movimentos erráticos e algo imprevisíveis decididos nos altíssimos andares da comunidade financeira internacional? A resposta segundo as colunas de economia na imprensa de hoje, será o recrudescimento da "cautela", com a manutenção (ou mesmo elevação) da taxa de juros, ainda a mais alta do mundo em termos reais. Um filme velho, sem mocinhos, que o Brasil já foi obrigado a protagonizar tantas vezes ao longo dos últimos anos.

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