domingo, 20 de janeiro de 2008

Meu mundo, minha ilha

De uma estimada amiga, Ghyslaine Cunha, recebo um comentário sobre a realização hoje de eleições em Cuba, que ocorrem sob o completo silência da grande mídia. A Folha de São Paulo, por exemplo, em sua edição deste domingo, prefere dar amplo espaço para o "drama" dos boxeadores, Rigondeaux e Erislandy, que se envolveram durante os Jogos Panamericanos, em uma polêmica e ainda pouco explicada tentativa de asilo no Brasil. Sobre o vigor da democracia cubana, nenhuma palavra.
Segue o oportuno comentário de Ghys:

Hoje uma notícia importante: mais de 8 milhões de cubanos estão votando neste domingo, 20/01/08, para eleger os novos 614 integrantes do Congresso e os deputados provinciais. O novo Congresso elegerá o presidente do Conselho de Estado - título oficial do chefe do Executivo, que tem como titular Fidel Castro, 81 anos, cargo ocupado interinamente pelo ministro da Defesa, Raúl Castro.Ressalto que no sistema eleitoral cubano todos os candidatos concorrem independentes de partidos políticos e os deputados não ganham salários. Lá também o voto não é obrigatório.Em Cuba, onde se respira alegria, solidariedade e liberdade, a democracia é muito, muito mais viva do que entre nós.Um abraço e viva a Revolução!

2 comentários:

Anônimo disse...

Democracia e fusilamento, paredão e fome combinam? faz-me rir. Queres uma lupa. Quando é que os ditos defensores da esquerda vão enxergar a verdade. O povo cubamo é verdadeiro guerreiro pra aguentar tanto tempo de repressão. Mas, esta ditadura está com dias contados, finalmente, graças a Deus. Abaixo o GOLPE MILITAR

Aldenor Jr disse...

Ao anônimo das 19:29,

Seu comentário foi publicado, muito embora seja evidente que o ódio contido nele inviabiliza qualquer debate mais sério sobre a história ou situação atual de Cuba.
Já havia ouvido e lido muitas asneiras sobre Cuba, mas chamar a revolução de 1959 - até os mais emperdenidos anti-Castristas a consideram assim - de "golpe militar" é uma aberração, um disparate e uma ignorância que dispensa maiores comentários.
De qualquer forma, o anônimo talvez saiba quem foi Rolando Masferrer ou o coronel Casillas? Foram assassinos brutais, que massacraram o povo cubano a mando do ditador Fulgêncio Batista, pagos com dólares norte-americanos. Seus nomes, felizmente, estão perdidos na poeira da história. Enquanto isso, quase 50 anos depois, qualquer estudante do ensino médio minimanente informado saberá dizer quem foi Ernesto Che Guevara ou Camilo Cienfuegos.
Definitivamente, a história não absorveu os que lavavam as mãos com o sangue de tantos inocentes. O resto, parece ser uma retórica típica da Guerra Fria, algo fora de moda, mas que vez por outra reaparece sob o véu do anonimato.