quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Corte-cola

Se já pairavam muitas suspeitas sobre a competência das contratadas pelo governo do Estado para a execução dos concursos públicos, a descoberta de plágio em, pelo menos, 19 questões de provas elaboradas pela Funcefet deve acender o sinal de alerta. A cópia de questões inteiras de concursos anteriores - ou de livros didáticos - não chega a ser fato inédito, mas revela o despreparo dos elaboradores e a falta de critério do poder público que tem o péssimo costume de dispensar licitação para a escolha das instituições, sob a suspeita tese de "notória especialização".
Esse tipo de serviço está longe de ser gratuito. A remuneração é garantida pelas salgadas taxas de inscrição, multiplicadas por milhares e milhares de concorrentes, como é o caso do gigantesco concurso da Seduc. O mínimo que se exige é que o processo seletivo seja cercado de todas as garantias e completa lisura. Infelizmente, o caminho pode estar aberto para novas denúncias e questionamentos.
A propósito, a escolha do Cefet - através de sua fundação de pesquisa, praticamente sem experiência no ramo de concursos públicos - não teria sido influenciada pela presença entre seus dirigentes do professor Edson Ari, irmão da muito bem relacionada Edilza Fontes, atual coordenadora da participação social do governo Ana Julia.

Um comentário:

Aldenor Jr disse...

Anônimo das 16:41,

Suas informações são pertinentes. Algo está mal-explicado na atuação da Funcefet. Como você cita nomes de diversas pessoas supostamente envolvidas em irregularidades - nepotismo e outros quetais - não pude reproduzir seu comentário. Como regra, não publico ataques de ordem pessoal, que possam ser classificados como crimes contra a honra - injúria, calúnia ou difamação.
De qualquer forma, obrigado pelas dicas. São pistas interessantes e que merecem ser investigadas.