O corpo de Reginaldo de Lima da Silva, 28 anos, desaparecido desde a noite do último 21 de dezembro, foi encontrado, em adiantado estado de putrefação, em um terreno baldio na periferia de Belém. As marcas no corpo não deixam dúvidas: ele foi vítima de execução.
O caso mereceu registro nos cadernos de polícia dos jornais do sábado passado. Depois disso, certamente cairá na vala comum dos muitos assassinatos sem solução que, todas as semanas, ensangüentam as áreas mais pobres da capital. Um número perdido nas estatísticas da violência urbana, cada vez mais incontrolável.
Porém, se houver vontade e disposição das autoridades policiais, este assassinato pode virar peça importante numa eventual investigação de grupos de extermínio, fardados ou não, que atuam com plena liberdade há bastante tempo, impondo um tipo bem particular de "justiça".
O rapaz executado teria envolvimento com a venda de drogas. Varejo, bem explicado. Seu assassinato faria parte, segundo fontes que por razões óbvias exigem o anonimato, de uma lista de marcados para morrer, da qual faziam parte os suspeitos de tráfico que atendiam pelas alcunhas de Chia e Nena, recentemente mortos em circunstâncias bastante semelhantes.
Não será, então, mera coincidência que os pretensos assassinos de Reginaldo tenham utilizado, segundo testemunhas, uma motocicleta, traço característico da atuação do bando criminoso auto-intitulado "Los Mexicanos".
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