quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Dialética da acumulação

"(...) A marca aí não dilatava tanto a sua presença. Ao modo que era própria de marcar aquelas posses. Eram coisas que andavam, andavam como gado. Só que pelos rios. Rios acima rios abaixo. Mas marcar aquelas árvores - os arreios, as portas, os bancos, as mesas - já era um despropósito. O homem não respeitava nem as coisas vivas nem as coisas mortas. Tudo era ferrado a ferro-e-fogo."


Benedicto Monteiro (in O Carro dos Miagres)

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