quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Corporação protetora

Soa muito mal para o Judiciário paraense o ritmo Slow motion quase-parando do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), aberto desde 5 de dezembro do ano passado, para apurar as responsabilidades da juíza Clarice Maria de Andrade, da Comarca de Abaetetuba, no rumoroso caso de prisão ilegal, tortura e abuso sexual da menor L., de 15 anos, mantida por quase um mês em uma cela com 20 detentos.Até agora - pasmem - ela sequer foi notificada para apresentar sua defesa prévia. Suas intermináveis e convenientes férias parecem não ter fim, numa evidente aposta na falta de memória da opinião pública. Mantido esse estilo protelatório, ninguém se espante se a nobre magistrada resolver, em breve, processar seus supostos detratores, abrigados na imprensa nacional e internacional. Talvez esses eventuais novos processos corram com mais celeridade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde Aldenor. O que eu não entendo até agora é a quantidade de dias que a magistrada goza de férias. Logo após a descoberta da vergonhosa história da menina de Abaetetuba, nós da imprensa fizemos um turbilhão de matérias sobre o início das férias da excelentíssima. Será que ela ganhou licença prêmio?

Um grande abraço

Aline Brelaz

Aldenor Jr disse...

Aline, que bom rever vc aqui pelo Página.
Está claro que forças nem tão ocultas assim estão agindo para proteger - tanto quanto possível - a juíza de Abaetetuba. Apostam no esfriamento do caso e na conhecida falta de fôlego da imprensa em continuar acompanhando o escândalo. Aí pode estar a chave para impedir que essa manobra tenha êxito.