Que bom se a mão pesada e insensata do governo federal pudesse atingir os alvos certos - a bancada ruralista e seu embargo imoral ao combate ao trabalho escravo, por exemplo - e deixasse de perseguir as vítimas de sua política de arrocho.
A decisão de cortar o ponto dos grevistas da Advocacia-Geral da União - paralisados diante da quebra da promessa de 30% de reajuste salarial - determinada pelo aprendiz de Dulce Paulo Bernardo, do Planejamento - revela a disposição de endurecer com os movimentos sociais neste início de temporada. É a marca de um governo sem palavra, que não hesita em escolher sempre os mesmos podes para expiar culpas alheias.
A corda será retesada. É só início de uma jornada que se prenuncia dramática e dolorosa, se o governo persistir na intenção de sacrificar o funcionalismo sob o frágil argumento de que as finanças públicas teriam sido feridas de morte pela derrubada da CPMF. Triste o país submetido a essa lógica da empulhação permanente.
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