Entre 2003 e 2007, os bancos oficiais investiram mais de R$ 2 bilhões no financiamento da pecuária no Pará. Somente no ano passado, foram abatidos 10 milhões de bovinos, 50% mais que em 2004. Os dados - incontestáveis - são do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Vitaminada com o acesso a crédito fácil e, agora, pela elevação dos preços internacionais da carne e da soja (que ocupa áreas de pasto e obriga o avanço sobre a floresta), a pecuária força a expansão da fronteira agrícola. Simples assim, leis de um mercado que não reconhece apelos preservacionistas despidos de força coercitiva e de um modelo alternativo de desenvolvimento.
Por falar em modelo alternativo, está brilhando pelo mais eloqüente silêncio a governadora Ana Julia diante da mais recente crise do desmatamento. Até agora, nem uma palavra e nem um gesto concreto que mobilize o Estado para deter a barbárie.
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