Diz-se que o hábito faz o monge. Um ditado antigo, com raízes perdidas em tempos remotos o suficiente para que monges e seus imaculados hábitos fossem colocados à prova e virassem sinônimo de malfeitorias. O que dizer então de Edir Macedo, bispo e fundador da maior multinacional da fé do mundo, a Igreja Universal, com seus 8 milhões de fiéis no Brasil, 4.700 templos em 172 países, “mais globalizada que a rede Mac McDonald’s”, segundo reportagem da Época, foi denunciado como autor de uma suposta fraude documental em um negócio da Rede Record, em Santa Catarina.
A Polícia Federal acaba de abrir inquérito para apurar os crimes de falsidade ideológica e de uso de documento falso na transferência da propriedade da TV Itajaí, retransmissora da Rede Record na região.
Logo vão aparecer os que enxergarão no inquérito, que poderá ser aceito em breve pela Justiça Federal, sintomas de “preconceito e perseguição religiosa”. Outros dirão que não passa de intriga dos veículos concorrentes – Globo et caterva – cada vez mais invejosos diante do sucesso empresarial da Record. Simples cortina de fumaça.
Há muito que se espera uma investigação séria sobre os negócios mundanos dos dirigentes da Universal, capaz de desvelar o verdadeiro milagre existente na transformação de milhões de dólares recolhidos em dízimos de pessoas humildes no mundo inteiro e que vão irrigar, depois de transitarem por canais da esperteza, as contas bancárias dos agora prósperos empresários da casta dominante das comunicações e da política.
Será que esse processo irá adiante?
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