O furo é do Painel da Folha de São Paulo, edição da segunda-feira, 4. A Vale teria oferecido um acordo para obter a bênção do governo Lula - até agora em aparente oposição - a sua pretendida compra, por quantia que pode bater na incrível soma de U$ 100 bi, da anglo-suíça Xstrata, e assim se tornar a maior mineradora do mundo, deixando a gigante australiana BHP Billiton a ver poeira.
A idéia é que a Vale construa no Pará - sua principal província mineral - uma fábrica para a produção de equipamentos ferroviários, fazendo um aceno no sentido da verticalização dos recursos naturais que, há décadas, são exportados - com enormes benefícios fiscais e energéticos - com baixíssimo valor agregado.
Pode ser apenas um balão de ensaio. Ou, ainda, a tentativa de encontrar um discurso palatável que justifique ao Planalto sacramentar um recuo numa batalha em que já entrou derrotado. Ao temer o meganegócio da Xstrata, com o conseqüente deslocamento do poder decisório para fora do país, Lula e sua equipe apenas chamaram atenção para um fato indiscutível: esse poder - real e efetivo e não retórico - já atravessou nossas fronteiras e está muito bem instalado em escritórios de Wall Street. Alguém duvida?
Um comentário:
Cadê as 30 mil casas populares que a presidência da Vale do Rio Doce prometeu construir no Pará e o que o gov. Jatene anunciou com estardalhaço? É Pará isso!!!!!!!!!!!!!!!
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