A quem interessa as grandes e bilionárias obras na Amazônia, em especial as gigantescas hidrelétricas que se planeja construir?
A resposta pode ser encontrada numa sigla ainda bem desconhecida: Iniciativa para Integração da Infra-estrutura Regional Sul Americana (IIRSA), pacote de 350 megaprojetos concebidos no âmbito da ALCA, e que no Brasil recebeu o sugestivo apelido de PAC. Para além da sopa de letrinhas, o que está em jogo – por trás do discurso “desenvolvimentista” – é aprofundar a vocação do continente – com o Brasil e a Amazônia à frente – de ser cada vez mais uma enorme plataforma de exportação de recursos naturais e produtos semi-elaborados para os centros mais dinâmicos do capitalismo, em especial para os Estados Unidos.
Ferrovias, hidrelétricas, estradas e portos, tudo está em função de abastecer os mercados e sua gula cada vez maior pelas riquezas que deveriam ser encaradas como garantia de futuro para as futuras gerações de sul-americanos, ainda hoje submetidos a um dos piores IDHs do planeta.
Pois bem, foi anunciada nesta semana a disposição da Alston, poderosa multinacional francesa da área de engenharia, dedicada à infra-estrutura de transportes e energia, de construir uma planta fabril no Brasil, especificamente em Porto Velho (RO), para atender a demanda por equipamentos da futura hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, de cujo consórcio construtor a gigante européia faz parte, dividindo espaço com a estatal Furnas e com a empreiteira Odebrecht, vitaminada à sobra da ditadura militar.
A Alston, porém, está de olho em outras oportunidades de grandes negócios na Anazônia, como é o caso da hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu paraense. Bingo! Grandes obras, negócios ainda maiores (e melhores) para alguns poucos.
Um comentário:
Mangabeira Unger deve ser o presidente desta empresa, o sem noção que propôs a transposição do Amazonas.
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