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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Acordo de cavalheiros
A pressa que cercou acordo entre oposição e governo em torno da CPI mista dos cartões corporativos expõe muito das relações civilizadas que aproximam petistas e tucanos, apesar das caneladas que trocam vez por outra na frente da platéia. A ampliação do período a ser investigado - alcançando o segundo mandato de FHC, como exigia o governo - e a presença de deputados e senadores na CPI, como não abria mão o bloco PSDB-DEM, não revelam tudo que cercou a negociação relâmpago de ontem. O principal ficou submerso: a blindagem recíproca de FHC e Lula, que não terão suas despesas - e de seus familiares - devassadas pela investigação. Indefectível cheiro de pizza no ar.
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