Os sinais estavam aí para quem quisesse ver: iria faltar médicos no PSM da 14 de Março e a população pagaria um alto preço. A imprensa noticiou nos dias anteriores ao feriado e já havia dado manchetes no dia seguinte ao Natal. Pacientes foram abandonados à própria sorte, batendo com a cara na porta que, por concepção, deveria estar aberta a todos.
Agora, no ano novo, o espetáculo deprimente de descaso com a saúde pública se repetiu, em uma versão mais dramática. As reportagens dos telejornais do dia mostraram o caos de uma forma tão candente que nenhuma desculpa esfarrapada das ditas autoridades - aliás, completamente sumidas - poderá justificar. Justificar o injustificável, já que era público que a fratura exposta da incompetência e desonestidade na gestão da saúde pública em Belém iria novamente vir à tona.
O que causa indignação é a inércia dos órgãos que possuem o dever constitucional de defender a sociedade.
Procura-se, desesperadamente, algum representante do Ministério Público que, por obra e graça, tenha permanecido na capital e possa agir, mesmo com grande e indecoroso atraso. Antes que mais vidas humanas sejam cruelmente desperdiçadas.
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