Os jornais de hoje trazem um bom indicador do caos da saúde pública no Estado. Nada menos do que quatro pessoas morreram nos últimos dias vítimas de dengue hemorrágica, em Belém, Redenção e Curionópolis. É a própria Sespa que relata a ocorrência em 2007, de 56 casos notificados de dengue hemorrágica e 16 mortes, num universo de 14 mil notificações de dengue no Estado.
Embora a incidência da doença se dê no Estado inteiro, os casos mais graves têm se registrado na capital e no sul do Pará, tendo Redenção como epicentro de uma crise mais que anunciada.
Diante das mortes, a população do município realizou um protesto, interditando uma das principais ruas da cidade.
Enquanto isso, sob evidentes sinais de que pode estar às portas uma grave epidemia da doença, com a possibilidade de multiplicação de vítimas fatais, nada parece tirar o sono das autoridades de saúde em de todos os níveis, prontas para dar a largada de um conhecido jogo de empurra, onde a culpa se torna difusa e, no final, não pertence a ninguém.
Porém, como nada acontece por acaso, uma boa investigação do Ministério Público - tanto federal quanto estadual - poderá revelar os caminhos (ou descaminhos) dos recursos que deveriam estar sendo empregados nas ações de prevenção da doença. Estranhos e tortuosos caminhos, bem explicado.
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