Crime comum ou espionagem internacional? O furto de informações estratégicas da Petrobras, a maior empresa da América Latina, com valor de mercado em 2007 estimado em US$ 252,7 bilhões, revela, antes de tudo, um enorme despreparo de seus dirigentes. Como explicar que dados sigilosos, referente à nova bacia petrolífera descoberta no litoral paulista, transitem em contêiner, armazenados em laptops comuns, sem qualquer esquema especial de segurança?
Tratar “segredos de Estado” com tamanho desleixo, muito embora pagando US$ 270 milhões por um contrato de quatro anos para uma empresa multinacional especializada em segurança – a Halliburton, segunda maior companhia de serviços de petróleo do mundo, vinculada ao vice-presidente norte-americano Dick Cheney – revela mais um roteiro mambembe de uma comédia da antiga Vera Cruz, estrelada por Mazzaropi, do que uma superprodução baseada em algum livro de John Grisham.
Para jogar mais lenha na fogueira, o perito Isaac Morais, do Núcleo de Criminalística da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, afirma estar convencido, pelos indícios que encontrou até o momento, que se tratou de crime comum, sem que seus autores tivessem noção dos dados armazenados nos equipamentos de informática furtados.
Para o governo federal, entretanto, o desaparecimento dos quatro notebooks é fruto de um intricado esquema de espionagem e de violação de dados essenciais à soberania nacional. Tão essenciais que nem a cena do crime foi preservada, regra indispensável para uma investigação possa alcançar sucesso.
Um comentário:
Trata-se de gente graúda é claro, mas ser por um acaso, colocarem a culpa naquela pobre funcionária que serve o cafezinho, ela bem que poderia usar o velho expediente do chefe: EU NÃO SEI DE NADA.
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