A advertência foi dada: se a gigante petrolífera estadunidense Exxon-Mobil – maior empresa do mundo em faturamento - levar adiante sua pretensão de congelar US$ 12 bilhões em ativos no exterior da estatal PDVSA, a Venezuela suspenderá a exportação de petróleo para os Estados Unidos. "Nem mais uma gota", bradou o presidente Hugo Chávez. Será sua resposta ao que qualificou de “guerra econômica” estimulada pelo governo dos Estados Unidos contra seu país.
A disputa comercial teve origem nesta última semana e colocou em lados opostos o governo venezuelano e a petrolífera multinacional. Em jogo, como sempre, a maioria de controle acionário para a PDVSA - Chávez não está disposto a abrir mão desse condicionante - em um novo projeto de exploração de petróleo na faixa do Orinoco, considerada com potencial de se tornar a região com maiores reservas do mundo.
Não se deve esquecer que a Venezuela é o quarto maior fornecedor de petróleo para as terras do Tio Sam. Mais uma dor de cabeça para o presidente Bush, um pato manco em fins de mandato, que amarga os piores índices de popularidade de todo o seu período na Casa Branca.
Um comentário:
As atuais reservas de petróleo da Venezuela duram no máximo 70 anos. Chávez pode, claro, deixar de vender óleo a Exxon. Mas, e aí como é que fica o caixa venezuelano? Como é que fica o tal projeto, que será paralisado? Na busca de novos parceiros no cartel internacional do petróleo ele já entrará na desvantagem. Ora, mercado de petróleo não é mercado de bananas (sem trocadilhos), que rapidamente se rearranja segundo a necessidade.
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