Poderia ser título de um daqueles filmes ingênuos de Renato Aragão e J.B. Tanko, tão em moda na década de 70. Mais não é, infelizmente. Depois das últimas revelações acerca do paradeiro menino Emmanuel, comprovadamente recolhido a um orfanato em Bogotá, não se pode deixar de apontar o grave erro das Farc em prometer a entrega de um refém que já não estava em seu poder.
A versão divulgada na noite da sexta (4), através de nota oficial das Farc, de que “Uribe seqüestrou o menor Emmanuel, com o propósito de sabotar sua entrega”, é no mínimo claudicante. Parece óbvio que a guerrilha não tinha governabilidade suficiente para realizar a operação prometida ao governo venezuelano, que há meses realiza um desgastante esforço de mediação internacional.
Indiretamente, os guerrilheiros colombianos expuseram ao ridículo os esforços do presidente Hugo Chávez e dos países que integraram o grupo de apoio. Da mesma forma, ao agir com essa irresponsabilidade, reforçaram as posições belicistas de seu principal antagonista, o governo de Álvaro Uribe.
Um gol contra os esforços de paz nesta conflagrada região.
Um comentário:
Parabéns pela lucidez do comentário
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