Ninguém duvida que a entrevista de Zé Dirceu à revista Piauí foi um gigantesco tiro no pé. A metralhadora giratória do ex-todo-poderoso ministro do governo Lula não poupou praticamente ninguém entre seus desafetos, com destaque para os setores que dentro ou fora do PT lhe fizeram oposição. Sobrou constrangimento para todos os lados e até no Palácio do Planalto as referências ao filho-prodígio de Lula foram recebidas como uma provocação.
O que teria levado o ex-dirigente petista a emergir das sombras e despejar ataques a torto e a direito? Incontinência verbal é uma explicação simplória demais, em se tratando de alguém que carrega uma vasta experiência e sabia muito bem como essas acusações e críticas seriam recebidas. O mais provável é que tenha se tratado de uma medida calculada para distribuir recados variados, uma forma um tanto desesperada de lembrar que ele existe e ainda tem força, nem que seja para provocar estragos.
Se esse foi o objetivo, digamos encoberto, parece que o tiro saiu pela culatra. Zé Dirceu está de volta à ribalta, da pior maneira possível, diga-se.
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