A prisão pela Polícia Federal do procurador-geral do governo de Roraima, Luciano Alves de Queiroz, acusado de chefiar uma quadrilha de pedófilos e de exploradores sexuais de crianças de seis a 14 anos, não chega a surpreender diante do gangsterismo que se apossou das instituições do antigo Território Federal.
Após ser flagrado pela PF em gravações autorizadas pela Justiça, nas quais contrata cinicamente os "serviços" de crianças e adolescentes, o agora ex-procurador ainda se saiu com a desculpa esfarrapada e recorrente de que estaria sendo vítima de perseguição política. Sabem por qual o motivo? Por sua intransigente defesa da manutenção dos arrozeiros na reserva Raposa/Serra do Sol. Já o governador José de Anchieta Júnior (PSDB) diz lamentar o episódio, mas alega não ter o poder "para controlar a vida pessoal de assessores". Definitivamente, a elite política e econômica daquele Estado já não consegue dissimular suas relações carnais com o mundo do crime. Nesse contexto, a violação sistemática dos direitos indígenas é apenas a face mais visível do estupro socioambiental que pretendem continuar executando. Quem se habilita a por um ponto final nessa barbárie?
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sábado, 7 de junho de 2008
Anjos e demônios
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