Roberto Teixeira, o compadre predileto do presidente Lula, deve se achar um homem realizado. Após negar por várias semanas ter recebido dos compradores da Varig Log a fortuna de US$ 5 milhões por seus serviços de pretensa consultoria na rumorosa e polêmica transação, ele acaba de admitir que realmente seu escritório recebeu toda essa bufunfa, mas, claro, tudo dentro da lei, como forma de remunerar "honorários, custas judiciais e outras despesas".
Numa aritmética simples, o escritório Teixeira, Martins Advogados recebeu, nos últimos 22 meses, um pagamento médio mensal de US$ 230 mil, ou, em moeda nacional, cerca de R$ 400 mil. Tratando-se apenas de um de seus muitos clientes, Teixeira se arrisca a liderar o ranking das bancas de advocacia mais bem pagas do País. Nada mal para um cidadão que, segundo furo publicado hoje pela Folha de São Paulo, esteve pelo menos seis vezes desde 2006 no gabinete do presidente da República, sempre em compromissos extra-agenda. É, pelo jeito, os compadres têm mesmo muitos assuntos a tratar ao pé de ouvido.
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