As oportunas e bem trabalhadas reportagens de capa de O Liberal, publicadas nos últimos dois domingos, põem a nu a complexa engrenagem que move o crime na periferia da capital e nas principais cidades do interior. É o tráfico de drogas, controlado de dentro e de fora das cadeias, que se constituiu nos últimos anos como verdadeiro estado paralelo, com poder de vida e de morte sobre uma legião de "soldados", muitos dos quais irremediavelmente submetidos à dependência química.
A revelação das rotas de ingresso e distribuição das drogas, bem como dos principais pontos de venda na periferia de Belém deixam as autoridades policiais na incômoda posição de ter de explicar como tudo isso acontece - e se expande - sem que seja realizado um combate efetivamente eficaz ao crime organizado. Mais que palavras e planos mirabolantes, o que se exige é ação, baseada em um compromisso total contra a corrupção policial e lastreada em trabalhos de inteligência para mapear e desarticular as principais quadrilhas que continuam a espalhar o terror por todos os lados.
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